setembro 24, 2021 |
Brasil ocupa 14ª posição em lista de 20 nações mais avançadas na integração dos criptoativos; Vietnã, Índia e Paquistão são ouro, prata e bronze, respectivamente
Por Rodrigo Valadão, contador, perito contador e sócio do escritório Dinastia Contábil, contabilidade em Goiânia, Goiás
“Banir as criptomoedas não pode evitar a adoção; vai apenas limitar a capacidade dos reguladores de conduzir as atividades de mercado rumo a usos e empregos com menos risco”. Isso é o que afirma o Fórum Econômico Mundial, entidade sediada em Davos, na Suíça.
Segundo o Fórum, a adoção global das criptomoedas cresceu 2.300% desde 2019, e 881% apenas no último ano. Atividades ilícitas envolvendo o meio são significativamente menos frequentes do que no sistema tradicional e respondem por apenas 0,34% de todas as transações com criptoativos.
1. A desvalorização das moedas fiduciárias, como dólar, euro e real, que impulsiona pessoas e empresas a comprarem criptomoedas para protegerem seus recursos da inflação;
2. Os altos custos cobrados no sistema financeiro tradicional para processar transações, de 6,8% na média global, o que fomenta o ecossistema cripto, marcado por taxas baixíssimas;
3. O surgimento e o ganho de escala de stable coins – criptoativos semelhantes às criptomoedas, mas com lastro em moedas fiduciárias, principalmente o dólar – que facilitam a integração entre o sistema tradicional e o ambiente cripto;
4. O surgimento de tecnologias de registro distribuído, como Stellar, Algorand e Solana, que solucionam problemas da blockchain do bitcoin e facilitam a criação de aplicações financeiras automatizadas, como empréstimos e seguros, baseadas em criptos.
Segundo a entidade, a necessidade de mudar a mentalidade das autoridades fica clara pela reiteração, por parte dos bancos centrais, de alertas sobre o anonimato e a falta de fronteiras da tecnologia, que facilitariam ações criminosas, como lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, o que não é verdade.
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