outubro 21, 2024

Planejamento Tributário para Vendedores de Produtos Importados: Dicas para Pagar Menos

Postado por:Imprensa Dinastia em21 outubro, 2024

Por Rodrigo Valadão, contador, perito contador e sócio do escritório Dinastia Contábil.

Empresas que trabalham com a importação de produtos enfrentam desafios únicos no cenário tributário brasileiro. A carga de impostos é alta, e a complexidade das obrigações fiscais pode dificultar a gestão financeira. No entanto, com um planejamento tributário adequado, vendedores de produtos importados podem reduzir significativamente os tributos e aumentar suas margens de lucro.

Neste artigo, vamos abordar estratégias e dicas práticas para que você, vendedor de produtos importados, pague menos impostos e otimize a saúde financeira do seu negócio.

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A Importância do Planejamento Tributário

O planejamento tributário é o processo de analisar e escolher o regime de tributação mais vantajoso para o seu negócio, além de identificar oportunidades legais para reduzir a carga tributária. No caso de vendedores de produtos importados, esse planejamento deve ser ainda mais detalhado, dado o número de impostos que incidem sobre mercadorias vindas do exterior.

A falta de um planejamento tributário eficiente pode resultar em pagamentos indevidos de tributos, multas por inadimplência e perda de competitividade no mercado. Com um bom planejamento, você consegue aproveitar isenções, benefícios fiscais e regimes especiais de tributação, pagando menos impostos de forma legal.

Principais Impostos Incidentes sobre Produtos Importados

Antes de explorar as dicas para pagar menos impostos, é essencial entender quais tributos incidem sobre a importação de mercadorias no Brasil:

  1. Imposto de Importação (II) – Calculado sobre o valor aduaneiro da mercadoria.
  2. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – Incide sobre a saída de produtos industrializados e também sobre produtos importados.
  3. PIS/COFINS-Importação – Incidem sobre a importação de bens e serviços.
  4. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – Cobrado pelos estados na comercialização e movimentação de produtos, incluindo importados.
  5. Taxa de Utilização do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) – Taxa administrativa cobrada sobre o registro de declarações de importação.

Cada um desses tributos impacta diretamente os custos dos produtos importados e, por isso, qualquer possibilidade de redução ou isenção é fundamental para otimizar o lucro.

Dicas para Reduzir a Carga Tributária na Importação

Agora que você conhece os principais impostos que incidem sobre produtos importados, vamos explorar algumas estratégias que podem ajudar a reduzir a carga tributária de forma legal.

1. Escolha do Regime de Tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real

A escolha do regime tributário adequado é uma das decisões mais importantes para reduzir o pagamento de impostos. As empresas que vendem produtos importados podem optar por três regimes: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. A escolha depende do faturamento, do tipo de mercadoria comercializada e da estrutura de custos do seu negócio.

  • Simples Nacional: Embora o Simples Nacional seja um regime tributário simplificado, ele pode não ser a melhor escolha para empresas que importam produtos, especialmente quando o volume de importação é alto. Isso porque o ICMS e o IPI podem ser cobrados em separado, e a empresa não poderá se beneficiar de créditos de ICMS nas operações de importação. No entanto, para pequenas empresas com baixo volume de faturamento, pode valer a pena optar por esse regime.
  • Lucro Presumido: No Lucro Presumido, os impostos são calculados com base em uma margem de lucro estimada pelo governo, que pode ser vantajosa para empresas com margens de lucro mais altas do que o valor presumido. Para vendedores de produtos importados com boa margem de lucro e poucas despesas dedutíveis, essa pode ser uma excelente escolha.
  • Lucro Real: Empresas que têm uma margem de lucro baixa ou precisam deduzir muitas despesas (como o custo de aquisição dos produtos importados) podem se beneficiar do Lucro Real. Então, nesse regime, é possível deduzir do cálculo do IRPJ e da CSLL todas as despesas operacionais, o que pode gerar uma economia significativa.

2. Aproveitamento de Créditos Tributários (ICMS, PIS e COFINS)

Ao importar produtos, vendedores podem acumular créditos tributários que podem ser utilizados para abater o valor dos tributos devidos. Por isso, o ICMS, PIS e COFINS pagos na importação podem ser utilizados como crédito para reduzir os tributos sobre vendas futuras.

Para aproveitar esses créditos de forma eficiente, é importante ter uma contabilidade organizada, que registre corretamente os valores pagos em cada operação. Assim, ao vender os produtos importados, a empresa poderá abater parte dos tributos devidos, gerando economia.

3. Benefícios Fiscais e Regimes Especiais

O governo federal e os estados oferecem diversos benefícios fiscais e regimes especiais que podem ser aplicados às operações de importação. Confira algumas das principais oportunidades:

  • Ex-Tarifário: Empresas que importam bens de capital (máquinas e equipamentos) ou produtos sem similar nacional podem se beneficiar do regime Ex-Tarifário, que reduz temporariamente o Imposto de Importação (II). Então, essa redução pode representar uma economia significativa nos custos de importação.
  • Drawback: O regime Drawback é voltado para empresas que importam insumos para a produção de bens exportáveis. Ele permite a suspensão ou eliminação de tributos como o II, IPI, PIS e COFINS, tornando o processo de importação mais vantajoso. Assim, se sua empresa atua com produtos que também são exportados, essa pode ser uma excelente oportunidade para reduzir a carga tributária.
  • Entrepostos Aduaneiros: Empresas importadoras podem se beneficiar do regime de entreposto aduaneiro, que permite armazenar produtos em território nacional sem o pagamento imediato dos tributos de importação. Então, os impostos são pagos apenas quando a mercadoria é efetivamente comercializada, o que pode melhorar o fluxo de caixa da empresa.

4. Planejamento Logístico e Tributário

A localização do entreposto fiscal (estado onde a mercadoria é desembaraçada) pode influenciar diretamente a carga tributária da sua empresa. Por isso, alguns estados oferecem incentivos fiscais para operações de importação, como a redução do ICMS. O estado de Goiás, por exemplo, oferece alíquotas mais baixas para operações de importação realizadas em seus portos.

A escolha de um estado com incentivos fiscais pode reduzir significativamente os custos de importação. No entanto, é fundamental realizar uma análise detalhada dos custos logísticos para garantir que a economia tributária compense eventuais aumentos nos custos de transporte e armazenagem.

5. Consultoria Especializada

O sistema tributário brasileiro é notoriamente complexo, e as regras que regem a importação de produtos mudam frequentemente. Por isso, para garantir que sua empresa esteja aproveitando todas as oportunidades de redução de impostos, é recomendável contar com uma consultoria tributária especializada em importações.

Um contador ou consultor especializado pode ajudar a identificar incentivos fiscais, escolher o melhor regime de tributação e garantir o cumprimento de todas as obrigações legais. Assim, além disso, uma consultoria eficiente pode evitar o pagamento indevido de tributos e reduzir os riscos de multas por descumprimento da legislação fiscal.

Conclusão

O planejamento tributário é essencial para vendedores de produtos importados que desejam reduzir sua carga fiscal e aumentar sua lucratividade. Então, ao escolher o regime tributário adequado, aproveitar créditos fiscais e se beneficiar de incentivos como o Drawback e o Ex-Tarifário, sua empresa pode pagar menos impostos de forma legal e estratégica.

Por isso, contar com o apoio de um contador especializado e realizar um planejamento tributário detalhado permitirá que você aproveite todas as oportunidades disponíveis e mantenha sua empresa competitiva no mercado.

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